Renovar ou morrer: As estratégias de DevOps revolucionam o mainframe - Asset Display Page

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By Luis López

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Maio 16, 2022

Nos últimos anos, os processos de digitalização tiveram um aumento significativo em todos os setores de atividade e, em particular, na indústria de serviços financeiros, que foi pioneira na incorporação de diferentes tecnologias em seus processos de negócios, enfrentando grandes investimentos e mudanças culturais, tanto internamente em suas organizações quanto na forma como se relacionam com seus clientes.

Essa rápida transformação fez com que ferramentas tecnológicas, como a nuvem, tanto pública quanto privada, se tornassem em uma das peças-chave dos processos de digitalização, por permitir que as organizações operem de forma mais ágil, flexível e eficiente. Na verdade, há vários anos, os bancos começaram suas estratégias de levar progressivamente alguns de seus aplicativos no Core (não essenciais) para a nuvem Mas é aqui que se verifica um desequilíbrio difícil de enfrentar, já que o mesmo não acontece com as aplicações de Core banking, que hoje ainda são mantidas exclusivamente em mainframes. E, embora se saiba que os mainframes são computadores em constante evolução, na vanguarda da tecnologia e, claro, muito confiáveis, os métodos de desenvolvimento mudaram pouco nos últimos 30 anos.

Esse desequilíbrio apresenta um grande desafio às instituições financeiras. Por um lado, devem ser capazes de ser ágeis o suficiente para se adaptar à velocidade exigida pelo mercado, algo que parece difícil devido à complexidade e às múltiplas tarefas manuais que esses sistemas ainda exigem. Mas, por outro, abandonar o mainframe significaria renunciar à grande capacidade de processamento, robustez e segurança que eles oferecem.

Para se ter uma ideia da capacidade de processamento necessária, estima-se que a cada segundo sejam postados 6.900 tweets, 30.000 curtidas no Facebook e 60.000 buscas no Google, enquanto os mainframes processam mais de um milhão de transações por segundo.

Mas apenas começar a falar sobre uma estratégia de migração do Core bancário para a nuvem é vertiginoso, porque seria um projeto faraônico, caro e que poucas vezes foi alcançado com sucesso. Por isso, cada vez mais entidades estão conscientes da necessidade crescente de encontrar uma solução ágil e eficiente que permita que ambos os sistemas – a nuvem e os mainframes – coexistam. E é aqui que as estratégias de modernização por meio de DevOps (combinação de Development y Operations) têm se posicionado fortemente.
 

Em que consiste essa adoção do DevOps?

Se trata de conectar ambientes mainframe com o mundo OPEN, através das modernas ferramentas open source já existentes em qualquer entidade, com o objetivo de criar pipelines de automação completos, desde a análise e codificação, até a geração de testes. Desta forma, melhora a qualidade do software e reduz os tempos de desenvolvimento, o que se traduz em reduções de custos significativas.

Além disso, essa estratégia de modernização permitirá que a organização abra o caminho antes de embarcar em supostos e futuros projetos de migração completa para a nuvem.

Em suma, não estamos falando de substituir o Core atual ou criar um, mas de implantar a solução mais adequada que permita às instituições financeiras modernizar os processos de desenvolvimento que rodam no mainframe para melhorar em três aspectos principais: redução de tempo, redução de custos e aumento da qualidade dos processos. Isso é facilmente alcançável graças às estratégias de DevOps, além de não precisar de grandes investimentos ou implantações. Por isso, as organizações estão cada vez mais convencidas a vê-la como a alternativa mais viável.

Luis López, Diretor Global de Inovação e Modernização de Mainframe da NEORIS

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